quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dupla jornada prejudica estudantes, mostra pesquisa

O que já era sentido na prática agora tem comprovação científica. Universitários que cumprem jornada dupla, ou seja, que, além de estudar, também trabalham, enfrentam uma interferência negativa no tempo que dedicam às aulas. O problema foi apontado pela tese de doutorado da bióloga Roberta Nagai Manelli, desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública da USP.
A tese da bióloga mostra que esses universitários apresentam redução no tempo de sono durante os dias úteis da semana e têm “rebote de sono” aos finais de semana.
“Durante os dias de trabalho, os estudantes têm um ‘dia longo’, pois acordam muito cedo por causa do trabalho e dormem muito tarde devido à vida acadêmica. Com essa dupla jornada, eles apresentam expressiva redução no tempo de sono, o que pode influenciar negativamente o desempenho acadêmico, no trabalho e no tempo livre que dispõe durante a semana. Os universitários que têm jornadas de trabalho mais longas foram aqueles que mais faltaram às aulas, comprometendo o desempenho acadêmico”, explica Roberta.
Foi observado que os estudantes que trabalham dormem, em média, de 5 a 6 horas por noite. Entre os problemas que a redução de sono normalmente causa estão o alto nível de sonolência diurna e o aumento no tempo de reação, que pode estar relacionado a acidentes de trabalho, por exemplo. A longo prazo, os problemas causados pela sonolência podem ficar mais graves e desenvolver um distúrbio de sono e episódios de micro-sonos involuntários durante o dia, em que a pessoa dorme sem perceber enquanto está realizando alguma atividade.

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